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Expedições Seculares 2017/2: Estudantes relatam suas experiências em conhecer antiga comunidade quilombola em Goiás

Publicado por: Campus Várzea Grande / 28 de Novembro de 2017 às 19:24

Entre os dias 19 e 22 de novembro de 2017, estudantes dos terceiros semestres dos cursos de Desenho de Construção Civil, Edificações e Logística do Ensino Médio Integrado do IFMT Campus Várzea Grande participaram do Projeto de Ensino Expedições Seculares 2017/2, que visitou Mineiros, em Goiás. A viagem contou com uma visita à Comunidade Quilombola do Cedro e seu Centro de Plantas Medicinais, no primeiro dia (20/11), e ao Parque Nacional das Emas, no segundo dia (21/11). Leia mais: Estudantes dos terceiros semestres dos cursos técnicos integrados do IFMT Várzea Grande visitaram Comunidade Quilombola em Goiás. Assista também a matéria sobre feita pela nossa aspirante a repórter, Bianca Héllen:

Expedicionários relatam experiências:

"Chico Moleque, ex-escravo, deixou como herança seus descendentes, que hoje se dividem em mais ou menos 11 famílias, além de uma terra rica em histórias que, sem dúvida, emocionam quem tem o interesse. Na comunidade do Cedro, perto da cidade de Mineiros- GO, seus bisnetos, tataranetos e afins seguem a vida, lutando contra o preconceito e tendo-o como imagem clara de inspiração. Mantendo as tradicionais danças em dias comemorativos, usando das plantas medicinais do local como uma forma de sustento e, claro, lutando pelo reconhecimento. Pela primeira vez, no ano de 2017, a cidade de Mineiros reconheceu o Dia da Consciência Negra, e se tratando da história do local, esse fato é realmente preocupante. Porém, os quilombolas do Cedro se mantém alegres, cantando, dançando, sempre levando em conta sua origem. Estão conquistando cada vez mais seu lugar, mas o esperado não é reconhecimento financeiro, mesmo que todo o dinheiro arrecadado com o comércio dos remédios os ajudem a continuar crescendo e, sim, o respeito, o reconhecimento de um verdadeiro herói, com uma família rica culturalmente, pro nosso país". Eduarda Alves, DCC.

"Pelas histórias e excitações contadas para nós, alunos e servidores, tivemos a melhor transparência e compreensão ao entendimento de sua cultura, costumes religião, entre outros itens, da comunidade do Cedro. O processo de escravidão e colonização no Brasil durou mais de 300 anos, que foi o último a abolir a escravidão. Em razão da minha compreensão em grande predomínio dos territórios brasileiros, os quilombos que restaram foram sendo ainda mais esquecidos devido à falta de conhecimento sobre. Busquei refletir como seria a educação dos pequenos descendentes de uma cultura tão linda e natural como a do Cedro. As crianças da comunidade adquirem formas e métodos tradicionais trazidos dos mais velhos sábios: o entendimento em relação à preservação de uma de suas grandes riquezas da comunidade, as plantas medicinais, a aquisição profunda com a história de um escravo chamado Chico moleque, que aos Domingos trabalhava em outras propriedades e no meio da semana exercia para seu senhor. Mal sabíamos e esperávamos que Chico Moleque guardava e juntava seu dinheiro de seu trabalho em busca de posse de terras e de sua própria liberdade, que até então o território é chamado como comunidade do Cedro". Rayane Fernanda da Silva Gomes, Logística.

"Eu gostei muito de conhecer a comunidade quilombola, pois eu tinha uma ideia totalmente diferente. Achava que as construções das casas eram bem mais antigas, e não de alvenaria, e tinha uma concepção errada sobre suas culturas. Nas histórias que o Sr. Gerônimo contou, e nos documentários que assistimos, eu compreendi o quanto eles se orgulham de serem descendentes de escravos, de fazerem parte desta comunidade, da sua cultura, e como eles se reconhecem como uma comunidade diferente das demais. E o que eu mais achei interessante foi que o dia da visita coincidiu com uma conquista para eles, pois pela primeira vez, Mineiros tinha decretado feriado O dia da consciência negra. Outro ponto importante é que antigamente eles tinham uma religião de origem africana e, em um certo período em que a comunidade lutava pelos seus direitos, um padre chamado Dom Eric James Deitchman também entrou na luta pelos direitos da comunidade, então, muitas pessoas começaram a simpatizar com a religião católica. Hoje em dia, a maioria é católica, porém, alguns ainda conservam a religião de matriz africana". Poliana Vitória Souza Curvo, Logística.

"Acho que a viagem foi uma experiência inesquecível. Conhecemos novas pessoas, novas culturas, além disso, estilos de vida diferentes. Nunca imaginaria conhecer pessoas tão acolhedoras. Nos divertimos bastante, sorrimos muito, e cada momento foi se tornando inesquecível. Caminhamos bastante, tiramos bastante fotos, conhecemos até pessoas com que nem falávamos, mas fomos ficamos cada dia mais triste por estar terminando a viagem, mas guardaremos muitas lembrança e que venha a próxima!!!" Alessandro Lopes, DCC.

"Pra mim, a experiência de conhecer uma comunidade quilombola foi muito especial. Foi uma das experiências mais legais que já tive na minha vida, o que eu senti nesses dias foi único, de ver o quanto eles amam a cultura deles, de ver o quanto eles se orgulham da cultura deles foi muito legal, foi muito especial, porque muitas vezes nós não nos reconectamos com nossas raízes, e ver pessoas que se reconectam sempre, é muito especial. Fiquei super emocionada com as histórias que eles contaram lá". Bianca Héllen Almeida, Logística.

"A viagem para mim foi uma experiência ótima, podendo conhecer pessoas, culturas, histórias e entre outros, de outros lugares e pessoas diferentes. Foi muito gratificante conhecer neto da pioneira dos quilombolas do Cedro. A trilha também foi maravilhosa, ter um contato a mais com a natureza, ter algo mais íntimo com ela, ter uma sensação única! Foi uma chuva de conhecimento que me esbaldei todo". Renan Marcos Guimarães, Logística.

"A ida para Mineiros foi algo bem rico, mas rico de conhecimento. Nunca passou pela minha cabeça que eu poderia ter esse tipo de oportunidade. Tenho que somente agradecer ao IFMT por estar sempre oferencendo esse tipo de oportunidade para os futuros técnicos. Em Mineiros-GO conheci um pouco mais sobre a cultura dos Quilombolas e, ali naquela comunidade, eles fazem vários tipos de ervas medicinais que ali mesmo é feito por suas próprias mãos. E logo após passaram para os técnicos a história de como fundou a comunidade, e me marcou muito a parte que eles disseram que eles, desde o começo, disseram que a comunidade deles é uma comunidade muito diferente das outras, porque nunca deixou acabar a essência daquela comunidade. No dia seguinte, fomos até o PARQUE NACIONAL DAS EMAS, (mas como a natureza é linda!), onde conheci mais profundo sobre o cerrado, e ao longo da trilha a guia explicou um pouco sobre a trilha do "homem seco", que é uma grande lenda ali naquele lugar e ali podemos apreciar um pouco da natureza. Aproveitei muito essa experiência e essa grande oportunidade que poucos têm e espero estar mais vezes nesse meio". Wellington da Silva Gama, Logística.

Fotos de: Eduarda Alves, Rayane Gomes, Renan Guimarães, Alessandro Lopes, Wellington Gama.

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