No dia 10 de dezembro de 2018 foi encerrado o curso do Projeto Meu Primeiro Emprego, que tinha como objetivo principal proporcionar aos jovens condições para que a primeira oportunidade de trabalho fosse digna, diminuindo o subemprego e a informalidade, além de garantir uma melhora na renda das família. 18 jovens concluíram o curso com aproveitamento acima de 80%.
O Meu Primeiro Emprego ofertou 40 vagas para formação em Assistente Administrativo, para jovens entre 16 a 25 anos, residentes na periferia de Várzea Grande, com carga horária de 120 horas em aulas presenciais, executadas no período de agosto a dezembro de 2018. O projeto foi executado com duas turmas, que receberam apoio e financiamento da Pró-reitoria de Extensão do IFMT, através dos Editais 31/2018/Projetos de Extensão e 42/2018/Edital Teresa de Benguela, sendo este último uma turma exclusiva para mulheres em situação de vulnerabilidade.
As atividades foram realizadas em 4 módulos de formação: Postura e Expressão: Conhecendo o corpo, expressões corporais, correção de vícios ou posturas inapropriadas para o ambiente de trabalho; Atendimento e Desempenho: Postura perante o público, clientes e colegas de trabalho; Rotinas Administrativas: Técnicas de trabalho na área administrativa, secretariado, comercial e marketing, que são o foco deste projeto; e, por fim, Buscando um Emprego: Como se portar em dinâmicas de recrutamento e seleção, elaboração de currículo atrativo para o contratante, divulgação de currículo, treinamento para uma boa entrevista de emprego. Dos 38 ingressantes no curso, todos possuíam renda familiar declarada menor que 3 salários mínimos, a maior parte das famílias são chefiadas por mulheres, sendo as mães e avós as provedoras mais frequentes.
Segundo a Coordenadora de Extensão e Pesquisa no campus e do projeto, Fernanda Caldeira, “vemos hoje na periferia um grande número de jovens que buscam na informalidade formas de garantir o sustento e melhora da renda familiar, as oportunidade de trabalhos formais são poucas nessas regiões com menor desenvolvimento socioeconômico, isso mantém um ciclo de baixa formação e subemprego e ocorre pela falta de acesso a capacitações próximas a suas residências e escolas, além da falta de postos de trabalhos com melhores oportunidades de atuação e remuneração”.
“Quando jovens como esses conhecem o mercado de trabalho e as formas de acessar cursos de formação e a utilização de tecnologias do dia a dia para se capacitarem, é como abrir um leque de oportunidades que não existiam para eles. Eles começam a sonhar, a desejar estar em lugares nunca imaginado antes”, explicou Caldeira.
Segunda ela, “quando idealizei esse projeto, pensei principalmente nas meninas que se tornam mães muito cedo, se envolvem em relacionamentos abusivos e essa, talvez, fosse a única opção de vida que conheceriam”. “Empoderar nossas meninas, transformando-as em mulheres produtivas e independentes, fará com que toda a comunidade em nosso entorno se transforme, pois são elas a maior força dessa comunidade, regida por mulheres”, finalizou Fernanda.
Concluíram o curso 18 jovens, sendo 3 rapazes e 15 moças, todos com aproveitamento de mais de 80% de presença e participação. Duas alunas conseguiram a tão sonhada oportunidade de trabalho durante o período de aula, os demais estão fazendo entrevistas e enviando currículo. A assistências a eles continuará ainda através de orientações online, divulgação de oportunidades de trabalho e monitoramento dos que começarem a trabalhar.