No dia 14 de dezembro de 2019 o IFMT Campus Várzea Grande finalizou o projeto “Apoderamento inicial da comunicação e atendimento ao Surdo com Fundamentos na Língua Brasileira de Sinais - Módulo Básico I”, com sua última aula presencial e confraternização. O curso é destinado a promover o uso e a difusão desta língua e beneficiou os(as) participantes, habilitando-os(as) na abordagem ao surdo.
Com 60h aula, sendo parte presencial, aos sábados, o curso teve cerca de 30 estudantes que se matricularam e quase 20 que o finalizaram. Na última aula, estudantes apresentaram na prática os conhecimentos adquiridos durante o curso, simulando situações da vida real no atendimento aos surdos.
Para Wesley Silva Teixeira, graduando do 6º semestre de Letras/Libras na UFMT e colaborador do projeto, aprender libras é um processo, "vocês são esforçados, vocês conseguem, não precisa ter vergonha, tem ter coragem mesmo e sentir que aquele outro está precisando de alguém que se comunique com ele, porque é importante".
Segundo Joyce Talissa de Amorim, também graduanda da Letras/Libras e colaboradora do curso, "eu percebo que alguns estão ansiosos, querem logo saber um monte de sinais, alguns são vergonhosos, que sabem fazer o sinal mas tem vergonha de realizar, então cada um tem seu jeito, o seu tempo e a sua maneira de aprender". "Vá! Continuem nesse processo de aprendizagem, tomara Deus que mais surdos possam encontrar vocês, conversar com vocês, interagir, fazer essa troca, ter empatia de saber que o surdo também quer conversar com vocês, vocês são capazes!", exclamou Joyce.
Claudia Marques da Silveira, aluna do curso, agradeceu os conhecimentos práticos que tiveram em sala de aula, além das aulas online, pois "foi muito importante o contato direto com os professores que realmente dominam a língua nos auxiliando na prática, eu aprendi bastante com eles".
"Apesar de um pouco insegura ainda, até já me comuniquei no terminal de ônibus, cumprimentando e dizendo meu nome e sinal, disse também que eu estava estudando libras, foi uma comunicação rápida, mas fiquei muito feliz!", explicou Claudia.
Segundo Marcilene Araújo, intérprete de Libras no campus, coordenadora e professora do curso, "sempre pensei em realizar este projeto tendo como colaboradores os Surdos, porque praticar libras com falantes da língua traz muitos benefícios além de aprender os sinais, pois na interação com o surdo em sala de aula o aprendizado ocorre de forma natural e mais dinâmico, todos acabam ganhando neste contato".
Rejane Aparecida da Silva, graduanda de Letras/Libras da UFMT, colaboradora do curso, ficou muito feliz em ver como a turma foi boa: "gostei muito de compartilhar com vocês minha língua, todos vocês são capazes, alguns com algumas dificuldades, outros menos, mas todos são capazes, continuem estudando, parabéns!".