O Projeto Integrador II, do Curso Superior Tecnológico de Gestão Pública do Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT Campus Várzea Grande realizou, no dia 18 de maio de 2019, o evento Implementação da Ação do Projeto Integrador II: prática do Gestor público em organizações sociais. Segundo a professora coordenadora do projeto, Elizabete Maria da Silva, o encontro ocorreu na Cooperativa Agropecuária Várzea-grandense, COOPERGRANDE, uma cooperativa de laticínio, com sede no assentamento Nossa Senhora Aparecida (Sadia I), localizado na BR 364/163 km 456, em Várzea Grande.
O encontro foi organizado pelos estudantes do 6º semestre do curso, que desenvolveram palestras e amostras sobre o aproveitamento do soro do leite, "visto terem identificado, junto com seus orientadores, durante a disciplina projeto integrador I e II, a dificuldade de aproveitamento desse resíduo pelos cooperados e demais assentados", explicou a professora. O grupo contou com a contribuição de uma nutricionista, que voluntariamente fez o treinamento anteriormente com os(as) estudantes e, na oportunidade, com os assentados.
Elizabete explicou que foi palestrado, ainda, sobre a importância da qualificação e do crédito bancário na adaptação das propriedades para a criação do gado leiteiro, “outra demanda da cooperativa, que tem subsistido com muitas dificuldades, devido à falta de matéria prima para beneficiamento e atendimentos dos mercados formais e institucionais do município de Várzea Grande e Cuiabá”. Estudantes do 4º semestre do curso que se sentiram atraídos pela oportunidade de conhecerem um empreendimento de economia solidária, modalidade em que se enquadra a COOPERGRANDE, também participaram do evento.
Para Elizabete, “a ação foi o coroamento de todas as pesquisas realizadas pelos cinco grupos de alunos concluintes do curso, que tem realizado uma brilhante contribuição para com a ampliação de perspectivas dos cooperados em relação a cooperativa. Essa contribuição tem sido muito importante, não tanto pela técnica, que é quase inexistente, pois os alunos são tão aprendizes quanto os cooperados. A maior ajuda dos discentes e docentes envolvidos é a valorização do trabalho realizado pelos assentados, pessoas simples, sem a presença e acompanhamento de instituições públicas que deveriam apoiá-los, o que os leva a se considerarem à margem do processo de desenvolvimento, o que, muitas vezes, os leva a desistirem da subsistência a partir da produção no lote”.
Então, “a presença de professores e alunos de organizações como o IFMT, é fator transformador e dignificante nessa realidade de desestímulo, uma estratégia de reestabelecimento da confiança por parte dos cooperados e moradores circunvizinhos da cooperativa, para com esta, como estratégia de geração de renda e, consequentemente, da manutenção da propriedade”, concluiu a professora.
(Por Cristiane Fronza/ASCOM IFMT VG, com relato da professora Elizabete - leia em anexo)
