Carla Gatti e André Pezzini, estudantes de agronomia do IFMT Campus São Vicente, Núcleo Avançado de Campo Verde, contam o que é ser cientista. A professora do campus Várzea Grande, Sandra Maria de Lima, além de ser "repórter" por um dia, ainda fala sobre a multidisciplinaridade do instituto e em como tudo está envolvido.
ÁGUA DE LAVAGEM DE BETONEIRA COMO FONTE DE SILÍCIO PARA FINS AGRÍCOLAS
A região de Cuiabá e Várzea Grande constitui um aglomerado de mais 800.000 pessoas, cuja atividade econômica na construção civil cresceu mais de 6 vezes nos últimos 10 anos. Junto com essa atividade econômica, o concreto de cimento Portland, dosado em central, tem relevante papel, tanto econômico, quanto técnico. Por outro lado, o estado de Mato Grosso tem destaque nacional e mundial no agronegócio, se tratando de um dos maiores produtores de soja, milho, algodão, dentre outros. Esta pesquisa trabalha com esses dois importantes setores da economia, uma vez que propõe a utilização da água de lavagem dos caminhões betoneiras como fonte de silício para o combate de pragas em lavouras, inicialmente, com foco nas culturas de milho híbrido P30F53. O ensaio será montado na safra 2015/2016 em delineamento em blocos casualizados com seis tratamentos e quatro repetições. Serão avaliadas a severidade das manchas foliares e a produção, quando da colheita. Com a realização desta pesquisa espera-se encontrar alternativas no manejo de manchas foliares na cultura do milho o que poderá aumentar a durabilidade da eficiência de fungicidas, diminuir a aplicação de fungicidas contribuindo assim para uma maior sustentabilidade da produção de milho e controle de doenças. Outrossim dar-se-á destinação ao considerável volume de resíduo produzido pela lavagem dos caminhões betoneiras, mitigando os danos ambientais causados por essa atividade.